18-10-2014

Casa do Artesão é referência da qualidade pradense

A Casa do Artesão, referência de Antônio Prado, existe há 14 anos, porém sua história é mais antiga. Fruto da tradição italiana, passada de geração a geração, o artesanato por meio do bordado, do crochê, macramé e de outras técnicas manuais é marco da mulher italiana. Eliete Terezinha Furlin Rizzon, 62 anos, é integrante e uma das fundadoras da associação. Para ela, a tradição relembra o trabalho feminino característico da imigrante provinda da Itália. “A mulher trabalha na roça, cuida da casa, cozinha e, quando sobra tempo, ela borda”, conta. A ex-presidente da associação, Simone Schiochet Viali, 41 anos, também acrescenta que as mulheres precisavam ter prática dos trabalhos manuais. “Elas precisavam fazer seu enxoval, não tinham a opção da compra pronta”, explica.
A associação começou singela, cerca de seis mulheres levavam suas mesas e trabalhos para a praça da cidade e passavam o sábado e o domingo produzindo artesanato. Até que decidiram buscar apoio junto à Prefeitura de Antônio Prado para se estabelecerem em uma das casas ao redor da praça. Em 2000, o pedido foi atendido. As sócias passaram a vender os trabalhos manuais em uma das casas tombadas pelo Município. As vendas quadruplicaram e novas sócias surgiram. Atualmente, cerca de 40 mulheres expõem seus trabalhos na Casa do Artesão. Eliete conta que são tantas peças que é preciso revezar sua exibição nas prateleiras do local.
O modelo de vendas também é artesanal, cada peça possui uma etiqueta com o nome da artesã, a referência do produto e o preço, informações escritas à mão. Apesar disso, Simone revela que logo terão o comércio virtual dos produtos e um sistema informatizado para a venda. Além disso, será oferecido um treinamento às sócias.
Os produtos continuam sendo o destaque da Casa do Artesão. O grupo resgata as práticas do passado, busca atualizá-las, e contempla as técnicas atuais, como o patchwork. A sócia Justina Rigon, 53 anos, orgulha-se do trabalho desenvolvido pela equipe. “A qualidade do artesanato não se encontra em outros locais, somos referência”, destaca. Simone concorda com a colega, ao lembrar-se de feiras das quais participaram, quando, mesmo sem ter nenhuma identificação visível, os visitantes já reconheciam e afirmavam: “vocês são de Antônio Prado”.
O objetivo da associação é possibilitar uma renda extra às famílias pradenses. Além disso, o grupo considera-se parte importante do turismo da cidade, por levar o nome de Antônio Prado por onde expõe.






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